sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Crianças com problema de aprendizagem. Como lidar com isso?!


Crianças com problema de aprendizagem. Como 
lidar com isso?!
Os problemas experienciados pelas crianças são, na maioria das vezes, vivenciados como situação de fracasso, pois, por não conseguirem obter êxito nas atividades escolares, acabam por se sentirem incapazes, gerando sentimentos de frustração e comportamentos inadequados, entre outros. Em última instância, o fracasso decorrente de situações específicas pode se traduzir num fracasso geral, culminando com o próprio abandono da escola.
            Quando o problema é do aluno, o professor deve tratar a questão como se fosse com ele, ou seja, para se cobrar respeito, dedicação, ética, atitude e desenvoltura do aluno, é necessário que o professor aja da mesma forma, vivenciando a inclusão, adequando-a à prática pedagógica, bem como aos conteúdos, às atividades de ensino e aprendizagem, aos recursos materiais e às avaliações, pois uma escola aberta à diferença é aquela que flexibiliza seu currículo em prol do educando. 
 É importante mencionar que os problemas da aprendizagem em geral requerem severa atenção dos profissionais da educação junto a profissionais da saúde metal. Visto que esses problemas podem ter origem ambiental ou orgânica e cabe à equipe pedagógica percebê-los para encaminhar seu aluno ao atendimento especializado o mais cedo possível, pois, o quanto antes forem identificados, maiores serão as chances de progresso.
Entretanto, é sabido que determinados caminhos levam a resultados mais positivos que outros. Como por exemplo:
*    Não tirar o aluno do problema – o aluno deve estar inserido na resolução dos problemas em que ele se encontra, fazendo parte da solução. Não se deve esconder dele o que se passa (nem a escola nem a família), pois isso significa excluí-lo do seu contexto. O aluno consciente poderá desenvolver habilidades quanto à tomada de decisões e minimizar as frustrações pessoais em relação a sua vida;
*    Chamar o aluno para sua realidade – o aluno deve estar ciente de suas limitações e deve conhecer as conseqüências geradas por elas. Assim, ele compreenderá as razões que comprometem seu rendimento, reconhecendo que algo não vai bem com ele. Esse processo cognitivo faz com que o aluno perceba que ele precisa de ajuda, através da auto-reflexão, provocando, de fato, uma mudança no seu comportamento;
*    Manutenção da auto-estima – uma vez que o aluno aceita ser ajudado, deve-se estar junto com ele e com sua família. De forma alguma, o aluno deve caminhar sozinho nesse processo evolutivo. Ele ainda está desenvolvendo sua maturidade física e psíquica. E o mais importante, a manutenção deve ser constante por meio de reforços positivos;
*     A escola não deve se retirar do problema – a escola deve assumir sua participação no erro, facilitando o processo de aprendizagem e reconhecendo que sua equipe pode interferir de forma negativa (mesmo que inconscientemente) no processo ensino-aprendizagem. É comum que eventos diários resultem da condição dos professores, que estão sufocados com a carga de trabalho mais pesada; 
Fortalecer o elo escola-família – é muito importante atingir essa estrutura, visto que, ao acolher o aluno, a escola deve oferecer cuidados relacionados com a família. A família deve ser vista como parte das resoluções dos problemas que o aluno vivencia e não como um dos problemas. 
            Por fim, vale destacar que muitas das questões que foram discutidas continuam abertas a novas pesquisas e estudos que visem a transformar o ensino, porque, através da propagação desses dados, novos olhares frente aos problemas de aprendizagem irão surgir na busca pela resignificação da educação e pela transformação do ensino voltado à diversidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
 ANTUNES, C. (2003) Auto-estima na educação. Entrevista. Editora Ciranda Cultural/Atta Mídia e Educação. Série Encontros, VHS.
IZQUIERDO, I. (2002) Memória. Porto Alegre, Artmed Editora.
MANNONI, M. (1999) A criança, sua doença e os outros. São Paulo, Editora Via Lettera.
MARQUES, A. C. (2009) A auto-estima da criança na fase de aprendizado da leitura e escrita. Rio de Janeiro.
MORIN, E. (2000) Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2ª edição. São Paulo, Cortez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário