sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Ética, educação e cidadania.



Ética, educação e cidadania.

O homem vive num meio material que condiciona e determina todas as suas manifestações, em relação à natureza e seu ambiente cultural, definindo-se assim como um ser situado, onde é impossível, fora de uma situação determinada da qual o homem extrai os elementos necessários a sua sobrevivência, por isso ele é levado a valorizar todos os elementos da situação de condição humana sejam natureza, material ou cultural.
O homem tem necessidades que precisam ser satisfeitas e este fato o leva a valoração e aos valores. Mas se um homem não permanece indiferente às coisas, reagem às situações e intervém pessoalmente para aceitar, rejeitar ou transformar algo, ele é um transformador do meio e produz cultura por meio dos resultados desta transformação.
O aspecto pessoal humano enfatiza a autonomia pessoal e individual e como sujeitos autônomos só podem relacionar-se entre si, quando superarem suas próprias perspectivas,reconhecendo o valor do outro.
Então o homem como ser sócio cultural possui em seus vários aspectos a situação humana propriamente dita, a liberdade e o intelectual, que através da consciência e reflexão torna-se possível a comunicação e entendimento entre os homens.
Percebendo então que o homem através desse conjunto de aspectos desenvolve a condição de superar sua necessidade de dominação, transformando-a em colaboração, percebendo as coisas com mais objetividade.
O homem difere dos demais animais, pelo fato de que para existir enquanto homem ele precisa e necessita produzir sua própria existência, agindo e transformando a natureza de acordo com suas necessidades projetando assim o seu meio e produzindo sua cultura através das transformações ao longo do tempo.
Segue-se, pois, que a origem da educação vem com a origem do homem pelo fato de que para a garantia da sua existência o homem precisa aprender a produzi-la, sendo a educação a formação do próprio processo de produção da realidade humana em seu conjunto.
Já a educação como atividade intencional, consiste no ato de produzir, direta e intencionalmente em cada indivíduo singular a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.
A educação visa à promoção do homem, valorizando-o, desenvolvendo através de objetivos, processos educativos levando em conta o aspecto pessoal do homem, estabelecendo um elo entre a liberdade e a responsabilidade, com o efeito de decidir e assumir as conseqüências e implicações de sua decisão.
Tornando assim o homem em um cidadão, que participa ativamente da vida e da construção da sociedade em que vive, onde esse mesmo homem construtor da sua cultura precisa ter acesso a uma vida letrada para ser atuante em seus direitos e deveres civis através das organizações que sistematizam e constituem um instrumento básico para o exercício da cidadania.
Ficando então claro que a ética, educação e cidadania estão interelacionadas e estão atuando ativamente na nossa sociedade atual. Onde não podemos afirmar que a sociedade atual carece destes fatores o que ocorre é que o homem possui em si o individualismo que o faz transgredir através da sua necessidade os princípios e valores da ética e cidadania, onde a educação é chamada a mediar e instituir em cada indivíduo singular o cidadão ético correspondente ao lugar atribuído na escala social.
É através deste caminho que postulamos a construção de uma nova sociedade que permita ao homem reconciliar sua essência com sua existência, seus princípios com seus valores concretos, onde a ética e a cidadania mediadas por uma educação que realize a verdadeira emancipação humana.

                                                                                       Giselly Barreto.         

Crianças com problema de aprendizagem. Como lidar com isso?!


Crianças com problema de aprendizagem. Como 
lidar com isso?!
Os problemas experienciados pelas crianças são, na maioria das vezes, vivenciados como situação de fracasso, pois, por não conseguirem obter êxito nas atividades escolares, acabam por se sentirem incapazes, gerando sentimentos de frustração e comportamentos inadequados, entre outros. Em última instância, o fracasso decorrente de situações específicas pode se traduzir num fracasso geral, culminando com o próprio abandono da escola.
            Quando o problema é do aluno, o professor deve tratar a questão como se fosse com ele, ou seja, para se cobrar respeito, dedicação, ética, atitude e desenvoltura do aluno, é necessário que o professor aja da mesma forma, vivenciando a inclusão, adequando-a à prática pedagógica, bem como aos conteúdos, às atividades de ensino e aprendizagem, aos recursos materiais e às avaliações, pois uma escola aberta à diferença é aquela que flexibiliza seu currículo em prol do educando. 
 É importante mencionar que os problemas da aprendizagem em geral requerem severa atenção dos profissionais da educação junto a profissionais da saúde metal. Visto que esses problemas podem ter origem ambiental ou orgânica e cabe à equipe pedagógica percebê-los para encaminhar seu aluno ao atendimento especializado o mais cedo possível, pois, o quanto antes forem identificados, maiores serão as chances de progresso.
Entretanto, é sabido que determinados caminhos levam a resultados mais positivos que outros. Como por exemplo:
*    Não tirar o aluno do problema – o aluno deve estar inserido na resolução dos problemas em que ele se encontra, fazendo parte da solução. Não se deve esconder dele o que se passa (nem a escola nem a família), pois isso significa excluí-lo do seu contexto. O aluno consciente poderá desenvolver habilidades quanto à tomada de decisões e minimizar as frustrações pessoais em relação a sua vida;
*    Chamar o aluno para sua realidade – o aluno deve estar ciente de suas limitações e deve conhecer as conseqüências geradas por elas. Assim, ele compreenderá as razões que comprometem seu rendimento, reconhecendo que algo não vai bem com ele. Esse processo cognitivo faz com que o aluno perceba que ele precisa de ajuda, através da auto-reflexão, provocando, de fato, uma mudança no seu comportamento;
*    Manutenção da auto-estima – uma vez que o aluno aceita ser ajudado, deve-se estar junto com ele e com sua família. De forma alguma, o aluno deve caminhar sozinho nesse processo evolutivo. Ele ainda está desenvolvendo sua maturidade física e psíquica. E o mais importante, a manutenção deve ser constante por meio de reforços positivos;
*     A escola não deve se retirar do problema – a escola deve assumir sua participação no erro, facilitando o processo de aprendizagem e reconhecendo que sua equipe pode interferir de forma negativa (mesmo que inconscientemente) no processo ensino-aprendizagem. É comum que eventos diários resultem da condição dos professores, que estão sufocados com a carga de trabalho mais pesada; 
Fortalecer o elo escola-família – é muito importante atingir essa estrutura, visto que, ao acolher o aluno, a escola deve oferecer cuidados relacionados com a família. A família deve ser vista como parte das resoluções dos problemas que o aluno vivencia e não como um dos problemas. 
            Por fim, vale destacar que muitas das questões que foram discutidas continuam abertas a novas pesquisas e estudos que visem a transformar o ensino, porque, através da propagação desses dados, novos olhares frente aos problemas de aprendizagem irão surgir na busca pela resignificação da educação e pela transformação do ensino voltado à diversidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
 ANTUNES, C. (2003) Auto-estima na educação. Entrevista. Editora Ciranda Cultural/Atta Mídia e Educação. Série Encontros, VHS.
IZQUIERDO, I. (2002) Memória. Porto Alegre, Artmed Editora.
MANNONI, M. (1999) A criança, sua doença e os outros. São Paulo, Editora Via Lettera.
MARQUES, A. C. (2009) A auto-estima da criança na fase de aprendizado da leitura e escrita. Rio de Janeiro.
MORIN, E. (2000) Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2ª edição. São Paulo, Cortez.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Educação e a sociedade!

“O sujeito da educação é o corpo, porque é nele que 

está a vida. É o corpo que quer aprender para poder 

viver. É ele que dá as ordens. A inteligência é um 

instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver.” 

                                                     (Rubem Alves)


Quando se pergunta: "Qual o maior problema do Brasil?",  o que te vem na cabeça? 
SAÚDE?HABITAÇÃO?...
São tantos os problemas, que não sabemos ao certo por onde começar e acabamos por falar o que mais nos atinge no momento, afinal de contas se eu não falar sobre o que me incomoda quem irá pensar sobre isso não é? Porém vou dizer-lhe algo caro leitor que é exatamente o grande problema, o chamado câncer da sociedade. EDUCAÇÃO! Isso mesmo a educação ou melhor falando, a ausência dela vem causando na sociedade todos os problemas existentes atualmente.
Na compreensão de uma sociedade sabemos que este ato é nada mais que a forma de como o homem se relaciona e se organiza por meio de suas ações individuais e coletivas. 
Segundo Raymond Firth, em artigo publicado no livro Homem e Sociedade, organizado por Fernando Henrique Cardoso e Octavio Ianni, a "organização social implica algum grau de unificação, ou união de diversos elementos numa relação comum” (IANNI, 1973, p. 41). 
A partir de uma organização social os indivíduos fazem escolhas baseando-se nas normas da estrutura social.
Ter acesso a educação implica em ter condições de dominar o processo de exercício da cidadania política já que o mesmo historicamente tem a função de ponte entre os direitos políticos e sociais.
Ora! Sabemos que não é de interesse da máquina pública permitir que a  massa, tenha acesso a ferramentas que os faça perceber e compreender os seus direitos e os deveres aferidos aos gestores da nação. 
O não acesso a educação de qualidade implica na amputabilidade dos direitos sociais do cidadão, já que o mesmo em sua ignorância fica vetado na administração dos seus direitos civis não tendo competência de avaliar, analisar e direcionar suas ações quanto a máquina pública.
Em suma percebemos que um ser social instruído é um ser social ativo que possui a autonomia imperativa de seus atos e feitos sociais, possuindo uma amplitude em sua visão do poder de gestão pública não permitindo a entrega da máquina pública a políticos que não possuem a competência de geri-la como tal qual a lei o conduz. Desta forma a impunidade, a corrupção a incompetência não terá espaço no serviço de gestão nacional, pois o povo brasileiro já não irá mais viver no escuro seremos um povo com acesso a EDUCAÇÃO!

                                                    Giselly Barreto.       
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
http://www.brasilescola.com/sociologia/o-que-organizacao-social.
http://www.fcc.org.br/ 
http://www.cartacapital.com.br/educacao